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‘Não entendo o porquê ele fez isso’, diz trabalhador que teve corda cortada por morador enquanto limpava fachada de prédio

28/03/2024 | 13:29 Por Redação MZ Modificado em 28, março, 2024 1:43

O trabalhador que sobreviveu a uma queda de 18 metros, após um morador cortar a corda que o segurava, revelou nesta quinta-feira (28), em um programa de auditório da TV Globo, que ele não sabia o porquê a corda tinha arrebentado até aterresiar no solo.

“Foi tudo muito rápido, mas com o treinamento que a empresa passou para a gente, eu logo fiz um desvio de corda e fiquei preso pela ‘linha de vida’ e pela trava-queda e continuei minha descida.”, disse Mayk, vítima de tentativa de homicídio.

O supervisor de Mayk presenciou o ataque e revelou ao funcionário que o morador da cobertura havia cortado a corda.

 

No dia 14 de março, enquanto trabalhava limpando um edifício no bairro Água Verde, em Curitiba (PR), um morador da cobertura, que fica no 27º andar, identificado como Raul Ferreira Pelegrin, cortou a corda que segurava Mayk, que realizava limpeza no edifício. O trabalhador estava a 18 metros do chão. Pelegrin foi preso em flagrante e deve responder por tentativa de homicídio.

Quando conseguiu chegar ao solo, o trabalhador foi informado pelo supervisor, que testemunhou todo o crime. “Fiquei sem reação nenhuma. Não entendi porque ele fez isso. Para mim, ele simplesmente cortou a minha corda sem motivo nenhum. Como que um cara faz uma coisa dessa?”, questionou Mayk.

 

Apesar de atuar na área de limpeza predial há três anos, Mayk contou que faziam apenas dois dias que trabalhava no prédio em que Pelegrin mora e que nunca tinha o visto. “Antes de cortar a minha corda ele ameaçou um outro ‘colega de corda’, que estava em uma outra janela”, revelou.

Dispositivo de segurança

 

Após o corte da corda, a polícia foi ao bairro Água Verde, onde o prédio fica localizado, e precisou arrombar a porta de um dos quartos do apartamento da cobertura. Raul Pelegrin foi encontrado e reconhecido pela vítima. No local também foram encontradas a faca usada no crime e um pedaço da corda.

 

De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), Mayke apenas sobreviveu por conta de um dispositivo chamado “trava-quedas”. Além da corda, que foi cortada, o trabalhador também é segurado por um cordão de aço, conhecido como “linha de vida”, que vai do topo do prédio até sua base. É nesse cabo que o “trava-quedas” é fixado. O dispositivo, então, é preso ao profissional.

De acordo com os advogados da vítima, Raul Pelegrin tentou cortar, também, a “linha de vida”, porém, como o material da cordão é mais resistente, a faca quebrou e não foi possível realizar o corte.

 

Defesa Pelegrin

 

De acordo com o g1, a defesa do acusado entrou com pedido de habeas corpus solicitando a soltura de Pelegrin sob argumento dele ser dependente químico e que o homem seria levado a uma clínica de tratamento, entretanto, o pedido foi recusado.

Conforme o processo, Pelegrin está preso preventivamente na Cadeia Pública de Curitiba.

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